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Namastê.

fadas da noite

As previsões feitas nesse blog são gerais, falam do astral do período, não são direcionadas para o indivíduo. Para fazer previsões pessoais, você precisa consultar um(a) astrólogo(a) ou numerólogo(a) e usar seu mapa astral ou numerológico de nascimento. Não estou atendendo consultas. Faço o blog porque gosto.

domingo, 11 de outubro de 2009

A Morte do Leão de Neméia: Hércules em Leão


5 - O Leão de Neméia : Leão

Tarefa: tornar-se muito potente e ao mesmo tempo não se julgar melhor do que realmente é.
Objetivo: purificar a personalidade, perceber-se como indivíduo único.
Chave para o trabalho: amar desinteressadamente.

O quinto Trabalho de Hércules é um momento marcante na vida: o domínio da personalidade.
Antes disso a personalidade produz mais distúrbios do que alegrias.
E só depois disso que o homem consegue realmente ser útil à humanidade.

Até esse momento a personalidade ficou potente, com o mental, o emocional e o físico trabalhando juntos somam uma grande força, e termos um indivíduo devastador, se este não for guiado pela alma.

Por isso,uma personalidade bem alinhada nesses 3 planos pode ser bem mais destrutiva se não estiver em consonância com a alma, do que outra personalidade também desalinhada com sua alma mas ainda descoordenada.

Também por isso, à medida que se busca essa integração mental emocional e física trabalha-se junto o aperfeiçoamento do caráter e o controle dos vícios (físicos ou não).

Antes disso, Hércules vive pelo mundo sem perceber essa desarmonia achando tudo muito natural.

Em um Conselho dos Grandes Seres onde está presente o Instrutor de Hércules, é mostrado o Plano de todos os seres.
Enquanto Hércules descansa de seus Trabalhos, seus pensamentos são observados.
Isso porque agora inicia uma nova etapa mais trabalhosa, difícil e até mesmo violenta, para a qual Hércules deve ser preparado.

Quem se sai bem dessa prova será verdadeiramente útil à humanidade e é por isso que os Grandes Seres estão reunidos, porque esse acontecimento tem consequências muito importantes para todo o grupo.
Hércules não percebe nada disso, sente-se muito corajoso e forte, nem imagina o que lhe espera; sua força foi aumentada e a corça atende seus chamados sempre pois ele a colocou junto do coração e várias vezes a levou até o templo.
Por isso, descansa tranquilamente, coisa que não podia fazer muito antes de capturar a própria corça.

Agora, diante do novo Trabalho, ele está de pé coberto de armas e troféus recebidos pelos Trabalhos anteriores e se questiona: “para quê todas essas armas?”
De repente, entende.
Chega até ele um clamor angustiado do povo de Neméia.
A população quer que ele mate um leão devastador de terras e vidas pois agora ele é muito conhecido e famoso por sua força física, emocional e mental.
“Vá e mate o leão”, diz o Instrutor.
E os Grandes Seres observam.

Os moradores daquela cidade são obrigados a viver escondidos e fechados atrás das portas naquela terra devastada.
Por isso, os trabalhos estão todos paralisados.
Ninguém mais planta nada.
O medo domina e a situação é grave.
Durante a noite o rugido do Leão não dá trégua e perturba até o sono dos habitantes.

Hércules aceita o Trabalho mas deixa para trás todas as armas e troféus.
Leva apenas um instrumento feito por suas próprias mãos.
Compreende que tudo aquilo apenas lhe deixa mais pesado, atrasando seus passos.

Assustadas, as pessoas não confiam muito nele porque está sem armas, achando que ele está indefeso, e lhe dão poucas informações.
Mas todos sabem que o leão tem um covil.
Então Hércules vai para lá.

Passam-se dias e noites até que finalmente Hércules se encontra com a fera.
O leão ruge furioso.
Até as árvores sacodem.
Hércules lança uma flecha que atinge o ombro do animal.
Apesar disso, a flecha cai no chão, de tão dura que é a carne do leão.
Hércules atira todas as flechas e nenhuma delas fere o leão.
O leão avança sobre Hércules, que atira o arco no chão e se joga sobre ele aos gritos.
O leão recua e foge de Hércules indo na direção do mato.

Silencioso, Hércules vai procura-lo.
Pacientemente, prossegue.
Chega a uma caverna de onde ouve um terrível rugido, como se lhe dissesse:”ou fica aí fora, ou perde a vida”.
Mas ele entra,e atravessa toda a caverna.
Nada. Cadê o leão?
Hércules observa então que a caverna tem duas aberturas e enquanto ele entra por uma,o leão sai por outra.
Hércules fecha uma das passagens, a dos fundos, e encurrala o animal.
O leão urra.
Hércules salta para junto dele, agarra o leão pelo pescoço e enquanto aperta observa o animal perdendo as forças, sufocando até morrer.

Hércules não precisou de armas.
Matou o leão com suas próprias mãos e sua própria força.
Hércules retira a pele do animal e leva ao povo da cidade de Neméia que agora pode voltar a trabalhar e a viver em paz.
O povo o aclama como herói gritando seu nome e lhe chamando de salvador.

Nosso herói vai até seu Instrutor e lhe comunica que o povo está livre do medo, colocando a seus pés a pele do leão.
O Instrutor considera Hércules vencedor e o Trabalho concluído mas lhe diz: “saiba que o leão deverá ser morto várias vezes”.
O Instrutor relata ao Grande Ser que Preside o Conselho, que desta vez o espera bem no centro da sala secreta.
Dali se ouve uma voz: “Eu sei”.

A caverna simboliza a glândula pituitária localizada no centro da cabeça entre as sobrancelhas. Ela controla as outras glândulas, o crescimento, e sua função é essencial à vida.
A vida mental e emocional dependem dessa glândula, que tem dois lóbulos: o frontal cuida da mente, raciocínio e intelectualidde, e o posterior cuida das emoções e favorece a imaginação.
Enquanto o guerreiro passa por uma abertura, o leão escapa pela outra.

Quando Hércules fecha a passagem dos fundos paralisa, simbolicamente as fortes emoções. Suspende o envolvimento emocional desgastante.
Isso é a desidentificação.

Enquanto experimenta reações puramente emocionais o homem se pergunta: “quem está realmente sentindo isso, ou reagindo?”
Perguntando, apenas perguntando, várias vezes isso a si mesmo, o homem descobre que se consegue perguntar é porque dentro dele mesmo existe alguém que, dentro de uma parte mais profunda do seu ser, consegue observar o emocional reagir.

Com o tempo ele se torna mais próximo desse observador do que à parte que reage e começa a se libertar dos envolvimentos exagerados.

Nessa parte da história Hércules não está sendo apenas observado pela Hierarquia dos Seres que Presidem mas também já está consciente da sua existência.
Mesmo participando ativamente do jogo das forças terrestres e humanas, sua alma está se integrando.

Por isso, ele leva também aos pés do Instrutor a pele do leão.

Namastê.

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