Os
12 Trabalhos de Hércules - final
Hércules,
o mito, é reverenciado ou pelo menos conhecido no mundo todo.
Suas
histórias são contadas de várias maneiras em vários lugares, em
muitas épocas.
A
maioria das pessoas admira, respeita e torce por esse herói.
Esse
mito pode ser observado de inúmeras formas.
A
psicologia o estuda como um dos arquétipos.
Alguns
analisam como fonte de inspiração para evolução pessoal.
Djwall
Kull, mestre tibetano, apresenta-o com uma interpretação
astrológica.
As
fontes literárias coerentes mais antigas sobre suas façanhas datam
do século III a.C. mas fragmentos e citações de tempos mais
antigos também já foram encontrados.
Hércules
era filho de Zeus (o deus supremo Senhor dos deuses) com uma mortal
chamada Alemena que era casada com um homem chamado Anfitrião.
Zeus
seduziu Alemena transformando-se na figura de Anfitrião enquanto
este estava em batalha contra o rei de Tafos em Tebas com o objetivo
de vingar uma ofensa feita à família de sua esposa. Zeus queria
criar Hércules para que ele fosse um grande herói e reinar na
Grécia.
Quando
Anfitrião voltou da guerra e descobriu o que tinha acontecido chegou
a colocar Alemena em uma pira de fogo para queimá-la viva mas Zeus o
impediu e o forçou a aceitar a situação.
Quando
Hércules nasceu Zeus, para torná-lo imortal, pediu a Hermes que
levasse Hércules até Hera enquanto ela dormia, e colocá-lo perto
de seus seios para fazê-lo mamar.
Hércules
mamou com tanta força que mesmo após ter terminado o leite
continuou a sair e algumas de suas gotas formaram a Via Láctea ( e
no planeta Terra, a flor de Lis).
Hera
a esposa de Zeus ficou terrivelmente enciumada com o nascimento de
Hércules e a arrogância de Zeus e enviou duas serpentes venenosas
para matá-lo no berço mas Hércules havia nascido com uma força
divina e matou-as.
Quando
criança, ainda bebê, Hércules assustava até mesmo sua família
com sua força desproporcional.
Comia
por 20 homens, bebia como um guerreiro, arrancava árvores para
brincar, matava leões e touros.
Hércules
teve aulas de caça, arco e flecha e as artes da cura e da
adivinhação com o Centauro Quíron, o professor dos centauros.
Teve
também aulas de música, filosofia e outras artes com o velho
filósofo Lino.
Enquanto
Quíron se orgulhava de seu aluno, Lino achava Hércules apático e
desajeitado, e lhe censurava muito.
Um
dia, em meio às tantas críticas de Lino, Hércules num de seus
acessos de fúria (provocados por Hera) jogou a cítara em sua
cabeça, matando-o.
A
primeira grande façanha de Hércules aconteceu quando estava indo
para Beócia, uma cidade perto de Tebas, e matou um leão que estava
devorando os rebanhos de Anfitrião e de Téspio. Essa caçada durou
50 dias e nesse período Hércules ficou hospedado na casa de Téspio.
Téspio
aproveitou esse tempo para unir suas 50 filhas com Hércules, para
gerar uma descendência de super-homens que ficaram conhecidos como
Tespíadas e se espalharam pelo mundo todo.
Depois
de matar o leão a notícia chegou ao rei de Tebas que ofereceu a
Hércules o casamento com sua filha mais velha, Mégara.
Hera
queria que seu primo Euristeu ficasse com o trono da Grécia e não
Hércules, como Zeus queria.
Por
isso Hera perseguiu Hércules durante muito tempo e ele tinha acessos
terríveis de fúria quando era provocado por ela.
Nesses
acessos, destruía e depois se arrependia.
Quando
Hércules estava casado com a princesa Mégara teve com ela três
filhos mas matou a todos em um dos acessos de fúria provocados por
Hera.
Para
pagar por seu crime Hércules aceitou a penitência imposta pelo
Oráculo de Delfos oferecendo seus serviços a Euristeu durante 12
anos e este lhe deu 12 tarefas muito difíceis:
1)
Matar um leão de pele invulnerável que aterrorizava a população
de Neméia.
2)
Matar a Hidra de Lerna, o monstro de muitas cabeças.
3)
Capturar viva a corça de Cerinéia, que tinha chifres de ouro e pés
de bronze.
4)
Capturar vivo o javali de Erimanto.
5)
Limpar os estábulos de 3000 bois do rei Áugias, de Élidas, que não
eram limpos há 30 anos, em um dia.
6)
Matar as aves antropófagas dos pântanos de Estinfália.
7)
Capturar vivo o touro de Creta, que lançava chamas pelas narinas.
8)
Capturar as éguas antropófagas de Diomedes.
9)
Levar para Edmeta, a filha de Euristeu, o cinturão de Hipólita, a
rainha das amazonas.
10)
Levar de volta ao rei Micenas, o rebanho de gado vermelho de Gerião.
11)
Recuperar as três de maçãs de ouro do jardim das Hespérides por
intermédio de Atlas (o gigante que sustentava o mundo sobre os
ombros, e executou esse trabalho por Hércules enquanto Hércules o
substituía).
12)
Apoderar-se do cão Cérbero, guardião da porta do inferno, que
tinha três cabeças, cauda de dragão e pescoço de serpente.
Seriam
12 anos de servidão.
Os
primeiros 6 trabalhos foram executados em Peloponeso mas os 6
seguintes levaram Hércules a viajar para lugares muito além da
Grécia.
Durante
os trabalhos Hércules foi implacavelmente perseguido pela fúria de
Hera.
Mas
a deusa Atena era uma entusiasmada defensora do herói e lhe ajudou
muitas vezes.
Durante
o trabalho de matar a Hidra (signo de Escorpião) Hera enviou um
caranguejo gigante para morder os pés de Hércules que não aguentou
de dor e pediu ajuda a seu sobrinho, Iolau. Depois de matar a Hidra
Hércules embebeu suas flechas no sangue dela tornando-as venenosas e
ainda mais poderosas.
Durante
o trabalho de levar o cinto de Hipólita (signo de Virgem), a rainha
das amazonas, para a filha de Euristeu Hércules não teria problema
nenhum se não fosse a intervenção maligna de Hera.
Hipólita
estava feliz e até mesmo se sentiu honrada de seu cinto ser
considerado tão importante e estava esperando Hércules para lhe
entregar pessoalmente e com boa vontade.
Mas
Hera, vendo aquilo, espalhou entre as amazonas um boato de que
Hércules estava vindo ali para levar a própria rainha embora dali e
por isso se iniciou uma batalha sangrenta com muitas mortes.
Nos
três últimos trabalhos Hércules é mandado para fora não apenas
da cidade mas da Grécia.
As
Maçãs de Ouro (signo de Gêmeos) que foram pedidas para Hércules
trazer, foram um presente de casamento para Zeus e Hera, dado por
Géia, a Terra.
A
árvore que produzia essas maçãs era guardada pelas ninfas
Hespérides e por uma serpente e crescia num jardim escondido nos
confins da Terra.
Essas
Maçãs simbolizavam a Imortalidade e desde esse trabalho Hércules
conquistou o direito de, um dia, ir para o Olimpo.
A
cada trabalho realizado Hércules conquistava algo, em vez de morrer,
como queriam Hera e Euristeu.
Hércules
era genioso, irritadiço, gostava de vinho, tinha muitas aventuras
amorosas, as mulheres o adoravam, ele era muito leal a seus amigos e
geralmente era uma pessoa bastante simpática. Teve uma vida agitada,
com muitas perseguições de Hera, mas mesmo assim encontrava tempo
para se divertir e amar.
Muitas
vezes se envolvia em conflitos com os deuses.
Numa
dessas vezes, estava consultando uma sacerdotisa do Oráculo de
Delfos, e Hércules não gostou da resposta.
Então
roubou o trípode sagrado dizendo que iria fazer um outro Oráculo
melhor.
Apolo,
deus do Sol, tentou detê-lo mas aconteceu uma violenta luta que só
terminou porque Zeus, mais furioso ainda, enviou um de seus raios
para separá-los.
Mas
Hércules também fazia muitas coisas boas para as pessoas e para os
deuses seus amigos. Livrou populações inteiras de problemas
complicados, facilitando suas vidas e ajudando muito.
Um
dos deuses que ajudou foi Prometeu que estava acorrentado no alto de
uma montanha, tendo todo o dia um pedaço de seu fígado bicado e
mastigado por um abutre, como castigo por ter entregue o conhecimento
do fogo aos homens (esse conhecimento pertencia aos deuses e Zeus
não queria compartilhar com a humanidade).
O
castigo tinha sido imposto por Zeus.
Como
Prometeu era imortal seu fígado era mastigado ao amanhecer enquanto
ele gritava e padecia de dor mas durante a noite se regenerava.
E
no dia seguinte o castigo continuava, indefinidamente.
Hércules
conseguiu libertá-lo negociando com Zeus a troca de Prometeu pelo
Centauro Quíron, que precisava morrer e também era imortal (isso já
é outra história).
Zeus
então libertou Prometeu e permitiu que Quíron morresse, resolvendo
o problema dos dois, graças a intervenção de Hércules.
A
fama de Hércules se espalhou entre os homens e entre os deuses.
Mas
o final de Hércules foi dramático, como foi toda sua vida.
Entre
as muitas façanhas de Hércules os antigos também atribuíam a ele
ter separado os montes Calpe (Espanha) e Àbilia (África), abrindo o
estreito de Gibraltar.
Depois
de fazer isso Hércules disputou com Aqueles, a posse de Dejanira,
filha de Eneu, rei da Etólia.
Dejanira
preferiu Hércules então Aqueleu, furioso transformou-se em serpente
e depois em touro, mas não conseguiu matar Hércules, que se casou
com Dejanira.
Logo
após o casamento Hércules partiu com Dejanira para sua terra,
Tebas.
Durante
o caminho teriam que atravessar o rio Eveno que estava transbordando
por causa das cheias.
Então
Hércules pediu ao centauro Nesso que carregasse Dejanira, enquanto
ele atravessava a nado.
Nesso
aceitou prontamente.
Mas
no meio do caminho lembrou de uma ofensa de Hércules e, também
apaixonado por Dejanira, tentou raptá-la, saindo do rio e galopando
para outro lado.
Hércules,
muito rápido, acertou Nesso com uma de suas flechas envenenadas.
Nesso
tombou numa poça de sangue.
Mas
antes de morrer, e antes que Hércules chegasse, Lino se fingiu de
arrependido e sussurrou para Dejanira: “guarde um pouco de meu
sangue molhe sua túnica nele e, se algum dia Hércules se cansar de
você e passar a olhar para outras mulheres, faça seu marido
vesti-la, e ele só verá você, não olhará para mais ninguém”.
Dejanira,
sem saber, obedeceu.
Passaram
muitos anos.
Um
dia Hércules estava voltando de mais uma aventura onde tinha
libertado uma princesa muito linda que tinha sido raptada, a princesa
Iole.
Hércules
se apaixonou por ela e decidiu se casar com ela também.
Dejanira
lembrando das palavras do centauro Nesso, ofereceu a Hércules a sua
túnica, como presente de casamento, esperando que Hércules
desistisse e ficasse somente com ela.
Quando
Hércules vestiu a túnica sentiu seu corpo queimando e, desesperado
de tantas dores, tentava arrancar a roupa mas ela tinha grudado no
seu corpo e saía aos pedaços, junto com sua carne.
Esse
efeito foi provocado pelo veneno da Hidra de Lerna, que estava no
sangue do centauro alvejado pela flecha.
Além
disso era um sangue mortal, que Hércules não poderia vestir,
enquanto Dejanira acreditava ser um filtro de amor.
Hércules,
desesperado e gritando de dor, pediu ajuda a seu filho mais velho,
Hilo, que o ajudou a chegar até uma pira e acender o fogo, onde
Hércules se atirou para morrer mais rápido.
Quando
a primeira labareda começou a subir, Zeus mandou seus raios e
trovões, cegando momentaneamente as pessoas e levando seu filho
junto de si para o Olimpo.
Lá,
mais sereno, na companhia dos deuses, Hércules se reconciliou com
Hera e se casou com Hebe, a deusa da juventude.
A
história dos Doze Trabalhos de Hércules que acompanhamos aqui fala
das etapas de experiência da Alma,e está associada aos 12 signos,
na ordem dos signos, diferente da ordem dos trabalhos.
Primeiro,
sua evolução na matéria.
Segundo,
sua fase de lutas e esforços quando sua consciência não quer mais
seguir o coletivo.
Terceiro,
as fases de sua realização própria.
Nesse
caminho (o caminho dos signos) a Alma repete experiências que
ficaram incompletas.
Também
acontece de em suas repetições, a Alma refaz algumas fases (signos)
e, nesse caso, vive as experiências em níveis de mais dificuldade e
complexidade.
Astrologicamente,
as fases de preparação são: Áries, Touro, Gêmeos e
Câncer.
As
de luta: Leão, Virgem, Libra e Escorpião.
As
de realização: Sagitário, Capricórnio, Aquário e Peixes.
Nesse
mito, os signos simbolizam as etapas do aperfeiçoamento:
De
Áries a Câncer, mais individual.
De
Leão a Escorpião, ainda individual mas percebendo mais o outro.
De
Sagitário a Peixes com a consciência centrada em si novamente, mas
não dependendo mais do outro para aprovação, ou para seguir seu
próprio caminho.
Conforme
Hércules vai utilizando mais sua própria natureza se familiarizando
com a energia da Alma, vai se libertando de ilusões, vaidades,
apegos e inseguranças.
Seu
caminho, avançando pela roda dos signos,não quer dizer que um signo
é mais ou menos evoluído que o outro pois a roda gira sempre desde
o início novamente, mas cada vez em um nível mais alto.
A
cada reinício não é necessário repetir as lições que já foram
assimiladas mas as experiências daquele signo se tornam mais
difíceis.
Quem
está num alto nível de evolução se utiliza de maneira consciente
da energia dos signos e das situações facilitadas por eles.
Talvez
chegue algum dia em que não se façam mais horóscopos de
personalidade, destino ou previsões, não estudando mais os
potenciais, condicionamentos ou dificuldades pessoais de influência
dos signos, mas o relacionamento inteligente da Alma com as energias
zodiacais.
Isso
é um pouco difícil porque é muito raro encontrar algum astrólogo
preparado para esse trabalho.
Primeiro
é necessário que haja pessoas preparadas para assimilar uma análise
dessa complexidade porque esses astrólogos virão conforme as
necessidades do planeta.
Talvez
astrólogos preparados para isso venham a aparecer daqui a algum
tempo.
E
o preparo não se refere apenas às condições técnicas, que são
muito importantes, mas à capacidade de unir a técnica com a
intuição.
Um
exemplo seria Edgar Cayce, um pisciano que conhecia as técnicas
astrológicas mas que desenhava os mapas sem fazer cálculos e com
poucos dados das pessoas, todos os mapas corretos, fazendo
interpretações e previsões fantásticas.
Se
você tiver curiosidade pesquise a obra desse astrólogo tão
incomum.
Em
algum momento da história, ao ser preparado para os 12 Trabalhos
Hércules dialoga com seu Instrutor (seu Guia Interior, que todos nós
temos) e ainda não compreende o que é a Alma, e de onde vem esse
Instrutor.
O
Instrutor lhe tranquiliza dizendo que vai descobrir sua própria Alma
conforme vai realizando as tarefas mas que, para isso, deve usar sua
própria natureza e não outro instrumento.
O
objetivo primeiro dessa série é mostrar a quem ainda não sabe
disso que todos nós temos os 12 signos para desenvolver.
Nosso
mapa astral é uma mandala com todos os signos.
Alguns
terão mais força do que os outros.
Principalmente
os signos do nosso aniversário (o signo do Sol), o signo do nosso
Ascendente, e o signo da nossa Lua.
Depois,
em ordem de importância, os signos que tiverem planetas pessoais, os
signos que tiverem planetas em ângulos importantes e por fim os
signos que tiverem planetas.
Os
signos que não têm planetas em nosso mapa astral também são
importantes porque eles corresponderão a uma das Casas astrais.
As
Casas representam assuntos importantes do cotidiano ou do abstrato de
nossa vida.
Se
eu não tiver nenhum planeta em Áries, Câncer, ou outro signo, e
esse estiver na minha Casa da Saúde.. você acha que então a saúde
não seria importante em minha vida?
E
se estiverem na casa do dinheiro? Será que sobrevivemos nesse
planeta sem dinheiro? Podemos não ter planetas nas casas do
Casamento, dos Filhos, da Espiritualidade, do Destino, da Profissão,
etc. mas precisaremos desenvolver essas energias para viver os
assuntos dessa Casa.
Por
isso é bom conhecer nosso mapa astral com todas as suas
potencialidades e fraquezas.
É
melhor ainda, depois disso, verificar as previsões, para situar o
momento que estamos vivendo, quais energias estão sendo desafiadas
para nosso crescimento, etc.
Não
devemos nos apegar em uma única energia Zodiacal pois todas as
pessoas vivem e precisam de todas elas.
O
que varia é a intensidade e o nível de consciência.
A
cada mês que o Sol ilumina um signo é muito útil refletir sobre o
nosso nível naquela energia e buscar aperfeiçoamento.
Seja
através da meditação dos signos, da reflexão nos 12 Trabalhos de
Hércules, na reflexão a respeito das qualidades e fraquezas do
signo, são ferramentas de evolução pessoal que a Astrologia nos
fornece.
“ Se
vivermos cada uma dessas histórias conscientemente,
fazendo
ao Instrutor que está sempre disponível no centro da nossa
consciência,
todas
as perguntas necessárias,
e
se, no decorrer delas,
não
desperdiçarmos energias em chorar ou rememorar fatos passados,
experimentaremos
grandes transformações em nós mesmos”
(Trigueirinho).
Namastê.
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