Tudo o que as mulheres foram perdendo pelos séculos afora pode ser encontrado de novo se seguirmos sua pista nas sombras.
E, acendamos uma vela para a Deusa, pois esses tesouros perdidos e roubados ainda lançam sombras nos nossos sonhos noturnos, nos sonhos diurnos da nossa imaginação, em histórias muito antigas, na poesia e em qualquer momento de inspiração.
As mulheres de todo o mundo - sua mãe, a minha, você e eu, sua irmã, sua amiga, nossas filhas, todas as tribos de mulheres ainda desconhecidas - todas nós sonhamos com o que está perdido, com o que em seguida irá surgir do inconsciente.
Todas sonhamos os mesmos sonhos no mundo inteiro.
Nunca ficamos sem o mapa.
Recuperar o instinto ferido, eliminar a ingenuidade e, com o tempo, aprender os aspectos mais profundos da psique e da alma, guardar o que tivermos aprendido, não voltar as costas, defender aquilo que representamos.. tudo isso exige uma resistência mística e infinita.
Quando emergimos de volta do outro mundo depois de uma de nossas incursões por lá, por fora pode parecer que não mudamos, mas por dentro reconquistamos um vasto território feminino e selvagem.
Na superfície ainda somos simpáticas, mas debaixo da pele decididamente não somos mais mansas.
(fonte: Clarissa Pinkola Estés, Mulheres que correm com os lobos)
Namastê.
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