2015
no Tarô: Arcano do Ano 8, A Justiça
Milênio
da Sacerdotisa (2)
Século
do Louco (0)
Década
da Roda da Fortuna (10)
Sequência
do Sacerdote (5)
Soma
(2 + 0 + 1 + 5) = 8, A Justiça
"Apesar
de ser exata, a Natureza não é justa sob o ponto de vista humano."
(A.Crowley)
Arcanos
do Ano são 8, 2, 0, 10, 5, 8, 35, 15 e 50
2
= o milênio (Arcano Maior 2, A Sacerdotisa)
0
= o século (Arcano Maior 0, O Louco)
10=
a década (Arcano Maior 10, A Roda da Fortuna)
5
= a etapa, dentro da década (Arcano Maior 5, O Sacerdote)
8
= a soma do ano (Arcano Maior 8, A Justiça)
35=
número do atual Grande Ciclo, que iniciou em 1981, regido pelo Sol (Arcano Menor 9 de Paus)
15=
número da década com a etapa (Arcano 15, O Diabo)
50=
soma de 35 + 15 (Arcano Menor 10 de Copas)
A SACERDOTISA (2):
(o milênio)
Arcano do milênio, não é
facilmente percebido na vida prática. Funciona como uma energia
sutil, pano de fundo, misturando-se do dia a dia sem aparecer muito.
É um dos Arcanos de Proteção.
Esse é o milênio feminino, da
energia yin, da energia da Mulher, onde a tolerância é melhor do
que a liderança, a compreensão e a sabedoria são mais importantes
do que a aparência, o conhecimento e a sabedoria valem mais do que a
intelectualidade, a doçura vence a força, e o Espírito e a Ciência
se aproximam.
A força desse Arcano está na sua
capacidade de resistência, e na sua capacidade de perceber o
invisível.
A vida interior, a vida em família,
a sensibilidade, a tolerância são o caminho que precisamos
percorrer.
A Sacerdotisa exige tolerância,
perdão, disciplina, reflexão, calma, estudo, dedicação,
sinceridade, silêncio, conhecimento verdadeiro, espiritualidade,
poder sobre si mesmo, uso inteligente de sua energia pessoal.
Vamos aprendendo as lições da
Sacerdotisa de maneira bem lenta (temos 1000 anos para isso..) porque
seu ritmo é lento.
É no silêncio e no íntimo a
Sacerdotisa se manifesta. Nos sonhos, nos momentos de calma, nos
insights, porque ela simboliza a manifestação do Espírito na
Matéria.
Como reflexo do Espírito, ela não
age, mas reage.
Representada por uma mulher em
atitude passiva, cheia de símbolos, com pouca coisa à mostra,
apenas o seu rosto, que não demonstra sentimentos, nem de amor, nem
de ódio, apenas uma serenidade imperturbável.
Por fora parece passiva, mas seu
interior é muito ativo, é onde está acontecendo o sexo ou a
gravidez.
A Sacerdotisa representa A Porta do
Santuário, e só entramos quando estivermos prontos. É a
Sacerdotisa quem nos diz sim
ou não quando
queremos passar.
A primeira dificuldade para passar
por sua Porta é a Dualidade: não pode haver extremismo nem
radicalidade, só passamos por essa Porta pelo Caminho do Meio.
Como reação
ela também representa tudo o que for oposição,
porque no nosso plano só conseguimos produzir algo, manifestar o
espírito ou a ideia se existir oposição
- isso é que gera o movimento de manifestação.
Exemplo: qual a utilidade de pregar a
caridade em um ambiente extremamente virtuoso? e qual seria a sua
sensação de segurança, ou qual seria a utilidade de se apoiar em
algo que não apresenta resistência e cede ao menor contato?
Como
ação e reação, a Sacerdotisa introduz o conceito de justiça,
embora não esteja representando a Justiça: porque ela reagirá de
maneira a sempre manter o equilíbrio entre a dualidade, manifestando
o Espírito na Matéria (assim como é em cima, é embaixo).
O
astral lhe pertence, e ela
gera no astral o que se manifestará no físico.
Os
elementais e a magia lhe acompanham, e só acontecem e se manifestam
quando são provocados
, ou chamados por
alguém.
A
Sacerdotisa olha para a frente, para o momento presente.
Ela funciona no presente, não
adianta procura-la no passado ou no futuro, pois ela não será
encontrada ali. O passado todo está em sua memória e ela sabe o
futuro, mas seu momento de ação é no presente, sempre.
Problemas: insegurança, dificuldade
de fazer acordos, isolamento,frieza, falsidade, medo de se expressar.
Doenças do milênio: ginecológicas
e relacionadas com as mulheres, infertilidade, obesidade, dores de
coluna, depressão e problemas psíquicos.
O LOUCO (0) : (o
século)
Exige ousadia de seguir sua intuição,
seu coração, a coragem de seguir seu Mestre interno mesmo
desafiando aparências, convenções sociais e circunstâncias
contrárias, mas sem fazer oposição a nada, simplesmente fluir.
Está presente durante todo o século.
No tempo em que estiverem presentes O
Louco e a Sacerdotisa, formam o 20, de O Julgamento, simbolizando que
o período é cheio de revelações importantes, novos conhecimentos,
e que precisamos jogar o orgulho fora, pois muitas das revelações
feitas nos deixam nus, surpreendidos, chocados, e alguns ficam
felizes, outros não.
O Louco é um personagem que se
apresenta com um comportamento estranho, incompreensível à primeira
vista, mas foi assim colocado porque representa o maior dos mistérios
e a maior força dos Arcanos: ele substitui qualquer um deles,
portanto tem os atributos de todos, e os defeitos de todos também.
Funciona como o curinga nos baralhos de jogos comuns.
Provavelmente por seu simbolismo ser
tão forte, foi representado no seu sentido negativo, indicando
tudo o que não devemos fazer.
Nesse Arcano, temos liberdade total,
e podemos ter sucesso total, e fracasso total também.
É preciso um pouco de cuidado, mas
sem perder a pureza da criança, um dos seus simbolismos.
Sua força é enorme, seu uso errado
pode atrasar a evolução do planeta inteiro.
Seu uso correto nos leva anos-luz
para a frente.
Durante todo o tempo em que O Louco
estiver atuando, a tendência da Sacerdotisa é ficar no astral, a
nível coletivo, mas não para as pessoas que estejam trilhando um
caminho nesse sentido.
Problemas: dificuldade de organizar,
excesso de confiança, descuido, falta de objetividade.
Doenças: febres, inflamações,
contaminações, desleixo e descaso com a saúde, problemas mentais.
A RODA DA FORTUNA (10)
: (a década)
Está presente durante a década.
Mostra um ritmo acelerado e instável,
onde se ganham ou perdem grandes fortunas.
O mundo material está no auge, e no
máximo do seu apelo, enquanto se manifesta, AO MESMO TEMPO a
possibilidade de transcendência espiritual.
Exige concentração, discernimento,
senso crítico, calma, conhecimento.
É a Roda da Vida girando a todo o
vapor, criando e recriando sem parar.
Oportunidades maravilhosas surgem do
nada, como uma miragem e também se vão da mesma maneira.
A chave não é subir nem descer, mas
se manter no centro, em atitude alerta.
Uma renovação constante, a sensação
é de pouco descanso.
A Roda da Fortuna contém os
ensinamentos do astral no seu centro.
Mas na periferia da roda ela é
material, e se refere aos altos e baixos e ilusões de nossas vidas,
à fortuna (dinheiro, sorte, etc) que rapidamente muda de dono.
Esse Arcano, caso você fique na
periferia, leva a correr cada vez mais atrás de dinheiro e
prestígio, deixando tudo o que for abstrato, espiritual, astral ou
sutil para trás: nos tornamos escravos do poder e das coisas lindas
do mundo, e ao invés de usar, somos usados.
A mensagem desse Arcano é aproveitar
as coisas boas e materiais da vida, mas sem depender delas,
mantendo-se no centro da Roda e lembrando sempre de quem você, de
sua essência.
O ritmo aqui é muito rápido, quase
não temos tempo para fazer aquela reflexão básica, por isso é
importante estar alerta, mas tranquilo.
Problemas: pressa, descuido,
automação (viver como um robô), estagnação, grandes perdas,
acidentes, ritmo acelerado demais.
Doenças: doenças perigosas e
rápidas, contaminações, vírus, bactérias, infecções, dores,
febres, falta de constância nos tratamentos, ansiedade, stress.
ARCANOS
específicos para 2015
5
(a etapa, dentro da década) corresponde no Tarô ao Arcano
Maior
5-O
SACERDOTE
Esse
Arcano representa o Poder Espiritual.
Mais
um Arcano de Proteção, mas não significa calmaria.
O
Poder Espiritual chega devido a necessidade de apaziguar os
contrários.
Na
carta vemos um Sacerdote (autoridade que na época atuava na
religião, nas formalidades oficiais, na medicina e nas leis, tendo
em alguns casos a mesma autoridade do Rei, já que funcionava como
uma espécie de conselheiro).
Na
carta, duas pessoas se submetem à sentença do Sacerdote, já que
não conseguiram resolver suas desavenças por si mesmos.
No
nível mundano, são todas as situações oficiais, a vida política
em ebulição, o Poder Legislativo, o Poder Judiciário, as religiões
e as crenças, a Saúde Pública.
Prevê
muitas lutas de poder com necessidade de intervenção da Justiça ou
de algum mediador, muita discussão a respeito de leis e justiça,
disputas religiosas ou por crenças, doenças novas, epidemias
difíceis de controlar, ou a sua cura.
A
década é agitada, e o Sacerdote, nessa etapa mostra a necessidade
de solucionar desavenças vindas do ano anterior e não perder o
contato com sua essência.
A
nível pessoal, o Sacerdote indica a conciliação de aspectos
divergentes dentro de nós mesmos, a chamada para retomar o caminho
espiritual que, na etapa do ano anterior (4-O Imperador) foi deixada
de lado em função da vida material e necessidade de estabilidade,
além das lutas de poder.
O
Sacerdote indica também que há bastante dificuldade em se adaptar
às circunstâncias atuais, efervescentes, dinâmicas e rápidas.
Mas,
como carta de proteção, mostra também a intervenção benéfica de
forças espirituais ou de autoridades, principalmente ligadas a
Justiça.
A
sentença do Sacerdote são os ensinamentos que precisamos levar no
nosso caminho, e às vezes precisamos de serenidade para conseguir
compreender isso.
No
negativo, o Sacerdote é intolerante e toma decisões autoritárias,
errando por muita rigidez ou, ao contrário, permissividade, e
representa também revoltas populares.
35
(o atual ano do Grande
Ciclo) corresponde, no Tarô,
ao Arcano Menor
9
de Paus.
Realização material lenta, com
atrasos e alguns obstáculos.
Os atrasos desse Arcano são causados
pelas dúvidas, mais do que pelo ambiente.
Tendência à desconfiança,
teimosia, sentir-se ameaçado.
Representa a última batalha antes do
objetivo, e por isso usamos a reserva de forças.
São situações-limite que
precisamos superar com inteligência, estratégia e flexibilidade, e
que nos colocam de frente com nossos próprios pontos fracos e
fortes.
Essa carta também lida com tudo o
que é diferente, estrangeiro, e nisso representa viagens, contatos
com estrangeiros, negócios com estrangeiros, mistura de culturas,
estudos, novos conhecimentos, novas fronteiras, necessidade de falar
outros idiomas e compreender pessoas diferentes de você.
A espiritualidade se faz presente
aqui, com revelações importantes, mas seu lado negativo é o
fanatismo e o preconceito.
Favorecidas as Ciências e o estudo
dos Mistérios.
Esse Arcano mostra um momento que, no
máximo do cansaço, encontramos ainda mais um desafio e, de forma
misteriosa, conseguimos encontrar uma força extra dentro de nós
mesmos, mas essa força só aparece quando foram esgotadas todas as
possibilidades e se manifesta tanto por causa da necessidade como
pelo nosso desejo.
O objetivo desse Arcano é levar o
objetivo até o fim, e com ele precisamos de firmes referenciais
internos.
Os relacionamentos aqui são mais
materiais e com fins práticos ou profissionais, se referindo
principalmente a negociações difíceis e assinatura de contratos.
Os relacionamentos afetivos são mais
fechados, porém intensos.
A série de Paus se refere à nossa
energia e, como tal, o 9 de Paus representa também crises de energia
durante o ano.
Essa energia é água, luz, dinheiro, alimentos.
O
impasse deve ser mais ou menos difícil, conforme a direção que
será tomada, uma vez que o Arcano representa o momento limite, a
necessidade de decisões urgentes.
15
(década e etapa)
corresponde, no Tarô, ao
Arcano Maior
15,
O Diabo.
A etapa dentro da década gera o
Arcano 15, O Diabo, que simboliza o máximo da força física e
conhecimento intelectual em uma situação limite onde se manifesta
também a nossa sombra.
Um dos títulos desse Arcano é A
Tentação, porque nos coloca em situações onde precisamos decidir
entre seguir nossos princípios morais e nossa ética interna, ou nos
beneficiar com vantagens que sabemos não merecer.
O nome do Arcano, O Diabo, assusta
pessoas muito rígidas, pois para essas pessoas representa tudo o que
é ruim.
Esse Arcano é associado aos deuses
Pã, Baphomet, Cernunnos e Seth.
No Tarô representa a nossa sombra.
No
nível pessoal, a força
oculta, o subconsciente, as nossas partes não integradas que, quando
recalcamos e jogamos para baixo do tapete, se transformam em monstros
que nos perseguem, porque nada é extinto, apenas transformado
energeticamente.
No
momento que você reprime seus instintos mais básicos e não
trabalha suas amarguras, ódios e
medos, eles não morrem, mas
crescem no escuro (na sua ignorância, no seu desprezo) e tomam
proporções maiores.
Mas
se você segue em contato com sua essência (a sua parte que sabe
quando algo está certo ou errado, independente regras ou opiniões
externas), não desprezando nenhuma parte de seu Ser, é como se
dialogasse com todas as suas partes e conseguisse deixa-las todas
tranquilas e, dentro de suas possibilidades, satisfeitas e sem
necessidade de lhe chamar a atenção e exigir Poder.
No nível coletivo e mundano, O Diabo
representa a vida material, a saúde física, os vícios, a
sensualidade, o conhecimento científico e mágico, e se encontra em
uma luta de poder.
As duas pessoas da carta estão
subjugadas por ilusões e pensam que são dependentes, quando quem é
dependente é o Diabo, que está sobre um Trono de Copas (sentimentos
e emoções) lhes roubando a energia.
Indica muita competitividade por
status, dinheiro e Poder, a dependência de drogas ou outros vícios,
a sensualidade descontrolada, a ilusão de que você é o que possui
e o que apresenta aos outros em termos de status ou sensualidade.
A força da Magia está contida nessa
carta, tanto para destruir como para proteger.
O
conhecimento científico e mágico pode ser usado para construir ou
para destruir, conforme a nossa Vontade e
as consequências chegam rápido, no próximo Arcano (16, A Torre),
quando perdemos tudo o que não é essencial, inclusive e
principalmente o orgulho.
Esse
Arcano anuncia prosperidade material e novos conhecimentos
científicos, que provavelmente não são compartilhados com justiça,
sendo usados para manipular pessoas.
No
negativo, representa o domínio e a subjugação pelo poder material
e pela capacidade de seduzir e mentir, medo,
insegurança, vergonha de si mesmo, amarguras do passado, vingança,
dependência e ilusão.
No
positivo representa a proteção contra tudo isso, mas somente para
quem tem a coragem de enfrentar a sua sombra, já que essa pessoa
conhece os caminhos internos, suas forças e fraquezas, suas maiores
tentações, e não cai nas armadilhas sedutoras do maya
- mundo das ilusões.
É
muito grande a tentação de obter vantagens que não se merece, ou
beneficiar-se das crises e fraquezas dos outros, mas seu preço é
caro e é cobrado logo em seguida, começando
pelo amargo aprendizado de que as aparências e as opiniões dos
outros não são suficientes para lhe fazer feliz, e continuando
pelos sentimentos negativos despertados naqueles que foram
prejudicados, gerando um ciclo de vingança e destruição.
No
positivo, favorece o mundo da lógica, as ciências exatas, a matemática, a
criatividade empresarial e gerencial, os prazeres, a riqueza, a
sensibilidade, a liberdade, a capacidade de superar a si mesmo, a
cura de doenças, fertilidade, força, profecia, capacidade de prever
situações, vitória sobre
obstáculos que parecem intransponíveis e realizações materiais
importantes.
É
preciso moderação, seu
pecado é o excesso, falta de
limites e a dependência.
Esse
Arcano avançou até onde o ser humano consegue ir, e a partir daí é
preciso mergulhar na sombra, se quiser prosseguir, e avançar com o
coração (diferente de suas emoções e paixões, com sua essência,
em contato com sua centelha de Luz).
50
(soma do Grande Ciclo +
década e etapa) corresponde,
no Tarô, ao Arcano Menor
10
de Copas.
Esse Arcano se refere aos laços de
amor, família e amizades.
A série de Copas se refere à nossa
expressão emocional, a demonstração de nossos sentimentos.
Aqui a Taça está cheia e se
espalhando.
Momento em que compromissos e
obrigações saturam a vida e, de tanto tentar satisfazer as
expectativas dos outros, buscando aprovação, reconhecimento ou
interesse material, não se aguenta mais; mas a guerra acontece por
dentro - por fora está tudo muito tranquilo.
Precisamos que coisas, situações e
pessoas que sejam nutritivas, agradáveis e estimulantes.
Os apegos e as ilusões são
descartados nesse Arcano, em busca da felicidade verdadeira.
Através de alguma situação-limite,
tomamos consciência dos labirintos emocionais e buscamos pessoas com
quem possamos ter uma relação de crescimento, em todos os sentidos.
O 10 de Copas se expressa em
relacionamentos felizes com base sólida, como se o amor, depois de
muitas provas de honestidade e de humildade, seja capaz de nos ligar
às nossas próprias almas, de uma maneira permanente.
É um tempo muito ativo, de
socialização e alegrias.
Corresponde às mudanças felizes da
vida, boa saúde, prosperidade e principalmente amor.
É a consequência de ter trilhado o
caminho de Copas e ter passado por suas provas, sua recompensa é a
felicidade.
Como carta de final de ciclo, mostra
uma colheita.
Aqui, colhemos a felicidade e
desfrutamos a vida ou largamos fora as ilusões e buscamos
relacionamentos sinceros.
No negativo, a natureza emocional é
fraca, puco lúcida, e se deixa conduzir por naturezas mais
agressivas ou mais fortes, e é necessário aprender a usar o
raciocínio lógico unido à intuição, ser disciplinado sem ser
obsessivo, e interpretar os sinais que a vida envia.
No positivo, felicidade, conquistas
materiais, favorece os imóveis e a casa própria, as curas, a
espiritualidade e a família (seja de sangue, ou não).
A soma do ano corresponde, no Tarô,
ao Arcano Maior
8
- A JUSTIÇA
O Arcano da Justiça representa
colheita, merecimento e equilíbrio.
A moderação e o bom senso são as
chaves para o ano.
Está totalmente voltada para o
presente: a figura olha para a frente tranquilamente.
De um lado, tem na mão uma espada, e
de outro, uma balança com os dois pratos equilibrados.
É uma mulher, e está sentada.
O fato de estar sentada mostra que
sua maneira de atuar é parecida com a da Sacerdotisa (Arcano que
rege o milênio): ela não age, mas reage.
Ao menor sinal de desequilíbrio dos
pratos da balança, a espada corta.
Mas,
ao contrário do que parece, não é uma carta fria: os pratos da
balança são feitos de duas conchas (copas=elemento água), que
sempre levam os sentimentos em conta
nas
suas decisões racionais (a espada).
A
mulher sentada no trono mostra que tem autoridade e está no meio de
duas colunas, neutralizando o binário da Sacerdotisa, escolhendo o
caminho do meio, portanto,
passa por sua Porta.
Essa carta segue o Arcano 7, O Carro
(A Vitória), é a esposa do conquistador, que organiza a sua
conquista, após a vitória.
É um momento cheio de provas, e de
recompensas também.
Tempo de sair de cima do muro e
assumir posições, oficializar e assumir publicamente
relacionamentos, sociedades, opiniões, etc.
Aí acontecem muitos casamentos,
separações, declarações de guerra, acordos de paz, criação de
novas sociedades, decretação de falências.
A
burocracia, os cartórios, leis, instituições oficiais, juízes
e todo o trabalho relacionado à Justiça trabalharão em dobro nesse
ano.
Muitas cobranças e críticas
acontecem nesse momento.
É preciso construir algo após a
Vitória (arcano 7, de 2014), ou reorganizar as forças (caso o Carro
tenha virado).
Todos os excessos são cortados nesse
Arcano, é necessário disciplina, moderação, simplicidade.
Nos relacionamentos, a peneira fica
mais fina.
Financeiramente, é preciso
equilíbrio nas contas, só assim será possível o progresso.
Alguns falam mal dessa carta, e a
relacionam com o Carma.
Mas para quem tem a consciência
tranquila e faz o que pode, essa é uma carta de recompensa.
Como nossa percepção do mundo está
dividida, contaminada pela dualidade, em bem/mal,
agradável/desagradável, fácil/difícil, passado/futuro,
certo/errado, etc, pensamos ser seres separados do meio ambiente e
pensamos que podemos agir independentemente dele; é dessa maneira
que ficamos presos ao carma.
Libertar-se é perceber a harmonia do
Universo e agir de acordo com isso.
Por outro lado, não é uma carta
cruel, pois ela não mata, ela tira o que é prejudicial.
Também pode indicar cirurgias,
conforme as cartas que estiverem próximas.
A nível coletivo, mostra que o
momento é sério, as decisões devem ser rápidas, práticas e
eficientes.
Há tendência de trabalhar muito, e
deve se ter o cuidado de equilibrar o trabalho com descanso.
No negativo, atitudes violentas,
sacrifícios, julgamentos, guerras, execuções, tirania, ditadura,
rigidez, frieza, sem amor, ser forçado a fazer o que não gosta.
O Arcano da Justiça faz acordar das
fantasias e voltar ao mundo real e no tempo presente.
No positivo, coragem, prudência,
conquistas intelectuais, conquistas profissionais, honestidade,
fidelidade, verdade.
A Justiça pertence ao grupo, não é
solitária.
No negativo, sua cobrança é no
sentido de agradar, ser aceita pelo grupo, "fazer tudo certo"
sem levar em conta suas necessidades individuais, sustentando um ego
rígido e pesado, que se exige constantemente e não faz concessões
subjetivas, fazendo o papel de juiz de si mesmo e dos outros.
No positivo, responsabilizar-se por
si mesmo e tratar os outros com compaixão, ter prudência, refletir,
saber esperar sem protelar é um dos caminhos para se ajustar às
pressões externas sem trair a si mesmo.
A
Roda do Ano se forma aqui mostrando as 8 Direções, mas só gira no
Arcano 10, A Roda da Fortuna, e
também os 8 Trigramas do I Ching em sua forma potencial.
É
tempo que encarar o carma ou, para quem não acredita nisso, tempo de
assumir suas próprias responsabilidades, assumir sua própria vida,
assumir seus defeitos e tentar melhorar, assumir seus talentos e
usá-los ao máximo, ser diplomático, disciplinado, aceitar e
aprender a lidar com a sombra,
unificar seu Ser com as leis do Universo, equilibrar sua vida, sem
tentar deixar de ser humano.
Namastê.
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