As culturas antigas celebravam o solstício de várias maneiras.
Os romanos tinham as conhecidas Saturnálias (festas em homenagem ao deus Saturno, deus velho, o deus do tempo), quando invertiam as hierarquias por uma semana.
Um escravo virava rei e comandava a cidade enquanto o rei e toda a corte ficavam fechados no castelo. Ao final do festival, o escravo era sacrificado.
Um escravo virava rei e comandava a cidade enquanto o rei e toda a corte ficavam fechados no castelo. Ao final do festival, o escravo era sacrificado.
Antes disso, no dia 25/12, 3 dias após o solstício (que acontece em 21/12), era o dia da Juvenalia, dedicado às crianças, com muitas brincadeiras, diversões e presentes, pois as crianças eram os legítimos representantes do novo ciclo.
Nos países nórdicos eles paravam de trabalhar durante 12 dias, retiravam as rodas dos carros e as enfeitavam com galhos de pinheiros, para simbolizar que a roda da vida estava dando a sua paradinha (nos solstícios, o sol parece “estacionar” o movimento durante 1 ou 2 dias e fica em perpendicular à Terra; isso marca o início do inverno no solstício de inverno e o início de verão no solstício de verão).
Durante esses 12 dias, chamados de os 12 Dias Brancos, as deusas brancas (Holda, Berchta e Perchta) conduziam as carruagens de vento e neve, envoltas na neblina, presenteando os trabalhadores e punindo os preguiçosos.
Essas mulheres elfo lindíssimas de cabelos dourados e vestes brancas são também descritas na mitologia germânica.
Nos templos antigos as mulheres não trabalhavam nesse período, e havia homenagens à Lucina, dia 13/12, deusa da Luz que, vestida de branco e com uma coroa de velas na cabeça, trazia comida e conforto aos pobres para passarem o inverno (cristianizada como Santa Luzia) e Feronia, deusa do Fogo e da Energia Vital, dia 25/12celebrada com procissões, fogo e brasas para pedir principalmente saúde e curas (cristianizada como Santa Catarina).
Na religião da Deusa, esse período das 12 noites santas eram celebrados apenas pelas mulheres, seguindo a lua nova que antecedia o solstício, o auge da escuridão. Esse era um período de recolhimento para fortalecer o feminino e a magia, feito de introspecção e silêncio, com o objetivo de fortalecer-se e fazer germinar potenciais desconhecidos.
No texto “As Doze Noites Santas” há uma sugestão de meditação para cada noite, que segue a ordem inversa dos signos (de Peixes à Áries) e do corpo (dos pés à cabeça) relacionando cada noite a um mês do ano seguinte.
Aqui no Brasil, nos dias atuais, celebramos o nascimento de Jesus Cristo, na religião cristã, e a festa de Oxalá, na religião afro.
E, para concluir, deixo a prece da unificação, “A grande invocação”:
Do ponto de Luz dentro da mente de Deus
Deixai que o raio de luz penetre a mente dos homens
Deixai que a luz desça à Terra.
Do ponto de Amor dentro do coração de Deus
Deixai que o raio de amor penetre no coração dos homens,
que o Cristo retorne à Terra.
Do centro onde a vontade de Deus é conhecida
Deixai que o propósito guie as pequenas vontades dos homens,
o propósito que os Mestres sabem e servem.
Do centro que chamamos raça dos homens
Deixai que o plano de Amor e Luz se realize
e sele a porta onde mora o mal.
Que a Luz, o Amor e o Poder restaurem o Plano na Terra.
Namastê.
Um comentário:
Feliz Natal, namaste!
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