A Astrologia é muito antiga, sua
origem se perde no tempo.
O material mais antigo que se tem notícia é de cerca de 4000 anos A.C. na Suméria, Babilônia.
Os sacerdotes caldeus também já tinham avançados cálculos astronômicos e astrológicos. Eles tinham cálculos para prever o tempo, calendário agrícola, calendário de cerimônias religiosas vinculadas com os deuses do céu, previsões da sorte dos Soberanos de Estado e de todos os fatos importantes da vida pública. A Astrologia da Caldéia se propagou para Pérsia, Índia, Arábia, Egito e Grécia.
Eles conheciam os planetas Mercúrio, Vênus, Marte, Júpter e Saturno. Sua astrologia não era vinculada a deuses femininos ou masculinos, mas simplesmente aos acontecimentos. Esse vínculo com os deuses aconteceu quando os povos do norte invadiram a Mesopotâmia e impuseram sua religião. O vínculo foi feito principalmente com os planetas, pois esses é que indicavam a mudança de direções nos acontecimentos.
A Astrologia foi importante primeiramente na agricultura.
Os povos nômades e vaqueiros davam mais importância à Lua, para prever a vida animal, o acasalamento e a procriação.
Os povos agrícolas davam mais importância ao Sol (e suas 4 estações) para prever plantios e colheitas.
Os navegadores se guiavam pelas estrelas e constelações (ainda não havia bússola). A partir de suas observações descobriram as constelações dos signos (Áries, Touro, Gêmeos, Câncer, Leão, Virgem, Libra, Escorpião, Sagitário, Capricórnio, Aquário e Peixes).
O mapa astral mais antigo (até hoje conhecido) é o do Rei Sargão I da Babilônia em 2350 A.C.
O mapa mais antigo para uma pessoa comum (conhecido por nós) data de 20-04-409 A.C.
A Astrologia só começou a se individualizar com a tomada de Alexandria, e o homem só começou a ser considerado um microcosmo da Idade Média em diante.
O primeiro mapa astral com horário (que determina o Ascendente) que se tem notícia é da Grécia, em 70 A.C. Passou a ser chamado Horóscopo, que quer dizer “observo aquele que surge”.
Existem cartas estelares egípcias anteriores a 4.200 A.C.
As pirâmides eram orientadas para o Norte e serviam também como observatórios astronômicos, e da mesma maneira os túmulos dos reis. Os egípcios deram bastante importância aos decanatos.
Na China, por volta de 2637 A.C., são 12 animais, e não 12 signos, e cada um rege um ano.
Além disso, sua astrologia se baseia na Lua (no ocidente, se baseia no Sol).
O calendário antigo chinês é perfeito para prever mudanças climáticas, variações durante uma estação, previsão de chuvas ou secas e melhores épocas para o plantio e a colheita.
Além disso, na Astrologia chinesa os elementos são 5 (na ocidental são 4). Isso porque os 5 elementos chineses estão ligados aos órgãos do corpo e servem de base para sua medicina (acupuntura, etc) e os 4 elementos ocidentais estão ligados aos 4 pontos cardenais (norte, sul, leste e oeste). Na China, o palácio do rei tinha 4 seções, que correspondiam aos 4 pontos cardeais, para os quais ele se mudava durantes as estações: para o Leste na primavera, para o Sul no verão, para o Oeste no outono e para o Norte no inverno.
Os árabes, tão bons na Matemática, inventaram o astrolábio (usado para medir a altura das estrelas) e eram especializados nas previsões.
Na Grécia, a Astrologia chegou por intermédio de um sacerdote caldeu que se mudou para lá e, por volta de 640 A.C. fundou uma escola.
Aristósteles relacionou pela primeira vez os 4 elementos (fogo, terra, ar e água) com os 4 princípios (quente, frio, seco e úmido) e os associou aos comportamentos das pessoas.
Hipócrates, pai da medicina, observava no corpo humano os mesmos ciclos da natureza, e estabelecia dias críticos. Para ele, o médico que não conhecesse Astrologia não tinha direito de tocar num doente.
Em Roma, Augusto imprimiu seu signo natal (Capricórnio) em uma das moedas da época. Os romanos eram tão fanáticos que alguns nem atravessavam a rua sem consultar um astrólogo. É claro que a astrologia era muito popular e havia muitos charlatães.
Na América antes de Colombo, a Astrologia foi cultivada pelos maias e pelos astecas (400 a 600 D.C.). O culto ao milho, para a celebração do Sol, era parecido com rituais da antiga Caldéia, Egito e Grécia.
Os Astecas tinham 20 signos e previram com antecedência de 3 anos a chegada do homem branco (em 1517).
No início da Era Cristã a Astrologia também estava presente. Os Reis Magos eram astrólogos que se guiavam por uma conjunção de Júpter, Saturno e Marte, provavelmente acontecendo junto com a presença de um cometa. A data de nascimento do Senhor é festejada no solstício de inverno e à meia-noite (quando o Sol está mais baixo, na casa 4, da família – simbolizando que o Sol chega à Terra).
A Astrologia chegou a Europa provavelmente através da Espanha, trazida pelos árabes vindos do Marrocos. Era, a princípio, ligada às cerimônias mágicas. O mágico usava uma espada para se proteger dos espíritos e traçava em torno de si um círculo mágico, semelhante a Umbanda de hoje. A associação da Astrologia com a Magia foi uma das causas do seu descrédito. ( Esses dois assuntos foram muito confundidos um com o outro. A Astrologia é uma ferramenta e pode ser usada na Magia, na Medicina, no Comportamento, nas Previsões, etc. Mas Astrologia não é magia. )
Ah! Vale lembrar que Astrologia e Astronomia eram a mesma ciência, no início. Essa separação aconteceu não tanto por causa da ciência (na Idade Média os médicos não obtinham o diploma sem o conhecimento astrológico), mas porque o Papa Inocêncio III, no século XIII, decretou que a busca de Deus no interior do indivíduo é heresia, e somente participando e através da Igreja Católica é possível transcender. Isto estabeleceu a divisão entre a ciência sagrada e a ciência profana. Fora da igreja só se poderia investigar o mundo material, acumulando dados sem questionar o sentido (que era monopólio do clero).
Quatro séculos após, a Astrologia era banida das Universidades, por causa do seu modelo centrado na Terra, e não no Sol. Quando a humanidade descobriu que o Sol estava no centro, e não a Terra, desacreditaram a astrologia, porque os cálculos astrológicos são feitos a partir da Terra e não do Sol. E hoje ainda continuamos calculando com a Terra no centro, porque nós vivemos na Terra, e não no Sol.
Após mais ou menos 200 nos, o psicanalista Carl Gustav Jung promove estudo estatístico de matrimônios e sincronicidade usando a Astrologia. Reafirmando a validade dessa ciência, Jung chegou a instituir o curso de Astrologia no Instituto de Psicologia na Universidade de Zurique, entre 1945 e 1955.
Astrólogos famosos:
- Copérnico, nascido em 1473, signo de Aquário.
- Paracelso, nascido em 1493, signo de Escorpião.
- Nostradamus, nascido em 1503, signo de Capricórnio.
- Galileu, nascido em 1564, signo de Aquário.
- Kepler, nascido em 1571, signo de Capricórnio.
- Morin de Villefranche, nascido em 1583, signo de Peixes (último astrólogo de um rei, era médico e previu sua própria morte).
- Newton, nascido em 1642, signo de Capricórnio (sua frase mais famosa, dita a Aliás Halley, descobridor do cometa Halley, que era cético: “a diferença entre você e eu é que eu estudei astrologia, e você não.”
Em 1666, Colbim, signo de Virgem, proibiu a Astrologia na França e fechou suas escolas. Os sábios se retiraram e apareceram os charlatães.
Mas na Inglaterra ela continuou.
Em 1908, foi fundada a primeira escola de Astrologia nos Estados Unidos.
Em 1930 começou a onda astrológica por lá. A astróloga americana Evangeline Adams foi presa por prever o futuro, e compareceu ao Tribunal levando as Efemérides; pediu então para analisar o mapa de alguém que ela não conhecesse. O juiz forneceu a data de nascimento de seu filho e ficou convencido com o que ouviu, e ela foi absolvida.
Em 1967 foi montado o primeiro horóscopo por computador, por André Barbault, francês.
Ema de Masceheville, alemã, signo de Aquário, veio ao Brasil em julho de 1925, com 22 anos, e casou com Albert, francês, 53 anos, do signo de Virgem (foi amor à primeira vista) e dedicou cerca de 50 anos de sua vida à Astrologia. Um dia, conversando com sua filha, ainda criança, descobriu fundamentos astrológicos importantes e relacionou no quadro da Santa Ceia de Leonardo da Vinci os 12 apóstolos com os 12 signos.
A base para a interpretação da astrologia com todos os seus símbolos é a observação e a estatística.
Os antigos observavam pacientemente o céu e perceberam que o alinhamento dos planetas, do Sol e da Lua parecida provocar acontecimentos. Até serem considerados evidência astrológica se passaram muitas gerações.
Uma das maiores críticas à Astrologia é o fato de não se ter “provas científicas”.
Mas uma impossibilidade científica em sua época foi o fato de um general americano, em 1924, ter sido obrigado a se aposentar por afirmar que em algum dia um avião voaria mais rápido do que o som.
O rei Jorge III, da Inglaterra, tinha um “gêmeo astral” (pessoa nascida na mesma hora, data e local, sem ser irmão gêmeo): seu nome era Samuel Hemmings. Os dois nasceram em 04 de junho de 1730, na Inglaterra, quase no mesmo minuto, na paróquia de St.Martin’s-in-the-Fields. Essa pessoa era filho de um vendedor de ferro velho. No dia em que Jorge III foi coroado, esse homem assumiu a loja de seu pai, como patrão. Eles se casaram no mesmo dia (08-09-1761). Ambos eram jogadores (o rei jogava no Derby, e o pobre jogava nas corridas de cães). Quando o rei levou um coice do seu cavalo de puro sangue, o pobre levou um coice do seu burro. Ambos ficaram incapacitados pelo mesmo período de tempo. Eles morreram no mesmo dia, 29-01-1820, e da mesma causa.
O Kaiser Guilherme II, da Alemanha, nasceu no mesmo tempo e local que um pobre. Cada um deles teve o mesmo número de filhos, da mesma idade e do mesmo sexo. Tiveram as mesmas doenças e sofreram acidentes ao mesmo tempo. Seus filhos mostravam muitas similaridades. Quando o Kaiser soube de seu “gêmeo astral” teve com ele gestos de muita bondade. Ele e seu gêmeo astral morreram ao mesmo tempo.
Namastê.
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