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Precisei colocar a moderação nos comentários por causa de alguns spans que pintaram por aqui.
Você, que não é spam, faça o seu, fique a vontade.
Namastê.

fadas da noite

As previsões feitas nesse blog são gerais, falam do astral do período, não são direcionadas para o indivíduo. Para fazer previsões pessoais, você precisa consultar um(a) astrólogo(a) ou numerólogo(a) e usar seu mapa astral ou numerológico de nascimento. Não estou atendendo consultas. Faço o blog porque gosto.

domingo, 11 de outubro de 2009

A Captura do Javali: Hércules em Libra


7 - A Captura do Javali : Libra

Tarefa: encontrar o equilíbrio entre forças opostas ao lidar com elas.
Objetivo: lidar com equilíbrio com as forças opostas, capacidade de compreender o que é contraditório.
Chave para o trabalho: não usar a força bruta.
Pudemos notar que até o momento e desde o início o desenvolvimento de Hércules tem sido assistido de maneira silenciosa pelo Grande Ser que Preside e esse Ser pens, no momento que o que seria necessário para Hércules agora são equilíbrio e discernimento.
Por isso sua nova tarefa é capturar o javali que estava devastando muitas terras.

Antes de partir Hércules é aconselhado pelo seu Instrutor interno a se alimentar bem pois essa prova vai lhe exigir equilíbrio e isso inclui o plano físico.
Quanto ao discernimento essa prova também vai se revelar um teste de amizade e de coragem.

Na hora da partida Hércules recebe um arco de presente mas, como ele não deseja matar abandona a arma e parte de mãos vazias.
Sobe a montanha em busca do javali.
Por todos os lugares que vai passando Hércules percebe o grande temor que o povo tem desse animal.

Procurando não se deixar envolver emocionalmente por isso nosso herói vai seguindo seu caminho até que encontra um Centauro e pára um pouco para conversar.
Hércules fica empolgado e fascinado com a conversa e nesse momento esquece seu objetivo.
Nosso herói e o Centauro eram grandes amigos há tempos e o Centauro convida Hércules a beber um pouco de vinho com ele - o vinho que era destinado às comemorações dos Centauros.

Os dois não se importam muito com isso, empolgados que estão pelo encontro, e abrem um barril ao mesmo tempo em que convidam um segundo Centauro que passava por ali para beber junto. Aquele encontro se transforma numa pequena festa.
E os três fazem tanto barulho que são ouvidos à grande distância pelos outros Centauros.
Os outros chegam furiosos porque os três estavam bebendo o vinho das comemorações.
E daí começa uma confusão generalizada, vira uma grande briga e Hércules, que não queria matar ninguém, mata por descuido os dois Centauros que estavam bebendo com ele.

Quando Hércules retorna para sua busca ao javali deixa atrás de si um rastro de tristeza e impacto negativo entre os Centauros, pela morte daqueles dois.
E essa cena faz lembrar o que aconteceu no Sexto Trabalho (Virgem) : a tribo de mulheres guerreiras arrasadas pela morte de sua Rainha.
Durante a noite, faz muito frio e o javali continua escondido.

Hércules começa a conversar interiormente consigo mesmo à procura de alguma forma de encontrar esse javali, e tem a idéia de lhe preparar uma armadilha.
Depois de preparada a armadilha Hércules permanece silencioso, escondido e atento.
Passam muitas horas até que o javali chega muito faminto e cai na armadilha.

Em vez de mata-lo Hércules passa a conversar com ele, tentar domestica-lo, e o javali, para surpresa de Hércules, se mostra dócil.
Tão dócil que após pouco tempo Hércules entra montado nele na cidade segurando suas patas traseiras enquanto o povo olha espantado e surpreso - o javali tranquilamente obedece o herói.
O povo faz uma festa com muita música e Hércules é declarado herói daquela cidade.
O Instrutor lhe diz que a prova do equilíbrio estava realizada mas continuava ainda uma lição pendente e o Grande Ser que Preside ordena que o Centauro deve ser encontrado no futuro para que Hércules compreenda melhor alguns fatos.
Porque novamente ao matar quem devia ser amado Hércules estava atrasando seu aprendizado.
Enquanto isso, Hércules está alegre e festejando.
Constatamos que controlar o desejo tem sido uma tarefa bem difícil (iniciada em Touro e agora novamente com o javali em Libra - esses animais também representam os desejos e instintos).

Os desejos não podem ser controlados pela força física e nem pelo pensamento.

Mesmo no caso dos Centauros que são meio animais e meio homens, fazem festa em hora inapropriada, com um vinho que não lhes pertence, e isso não traz nada de bom para o grupo todo.

Já com o javali, Hércules não usa a força física e encontra soluções criativas, entra brincando com ele na cidade enquanto o povo ri, e o riso é bom para descontrair as tensões.

Ao conduzir o javali (animal) pelas suas patas traseiras Hércules mostra que alcançou um nível mais alto de desenvolvimento emocional e mental, não é mais possível voltar a ser totalmente animal, pois o animal agora é comandado com doçura, paciência e tranquilidade.

O ato de ter seguindo o javali até a montanha simboliza a elevação e a transformação dos próprios desejos (o javali).
Ou: uma nova maneira de lidar com seus próprios desejos.
Isso não quer dizer reprimir ou eliminar os desejos (ele não matou o javali, ele o domesticou, passou a comanda-lo, deixou de ser comandado).

Nesse sétimo Trabalho o herói elevou seus desejos e ao vencer essa prova alcançou o equilíbrio.

Quando sugeriu que se alimentasse bem, no início, o Instrutor não quis dizer que ele se atirasse loucamente à comida (ou qualquer outro instinto, inclusive o sexual), mas que se alimentasse com qualidade para que seu corpo ficasse fortalecido e ao mesmo tempo ele tivesse prazer com a alimentação - isso é equilíbrio.

Quando foi falado que Hércules teria uma prova de amizade e coragem estavam se referindo ao encontro com seu amigo Centauro e Hércules não venceu aquela prova, primeiro porque desviou sua atenção do objetivo, e segundo, porque seus instintos estavam no comando, não domesticados.

Hércules não matou seu instinto.
Continua a ter fúria, raiva, medo, etc, etc mas agora começa a usar esses instintos a seu favor, e não contra si.
Não deixa ser comandado por eles, não os mata, e melhor que isso: faz amizade com seus instintos, domestica, e depois se diverte muito com isso.

Os instintos passam a ser seus aliados.
Hércules tinha a intenção de não matar mas quando os instintos estão descontrolados (como quando encontrou os Centauros) fazem com que façamos coisas que não queríamos fazer, ainda que acidentalmente.

Hércules se embriagou (se iludiu) e como seu javali ainda não estava domesticado, não conseguiu se garantir, isto é, garantir que fosse feita a sua própria vontade (a de não matar).

Aqui também foi eliminado o sentimento de culpa.
Sentir-se culpado não tem mais razão de ser, no caminho da evolução.
O passado já aconteceu.
Não se pode mais ir até lá e não praticar uma ação, ela já foi praticada.
Ainda se pode reconhecer claramente esta ação, sentir e assumir suas consequências e se ela for negativa, não praticá-la mais.

Essa é uma energia de força de decisão, não de culpa.
Até aqui percorreu já meio caminho.
A outra metade vem após a decisão de não mais repetir, e passar a praticar o oposto.
Assim, a energia se reequilibra.

Não há culpa, há apenas um erro, uma experiência, que se bem aproveitados, geram um comportamento mais maduro.
E é por isso que todos riem muito no fim. Não há culpa, mas também não é por irresponsabilidade.
Eles sabem internamente que com os instintos obedecendo e não comandando, continuam sentindo prazer, mas com a diferença que agora estão internamente livres para tomar decisões.
Os instintos, a culpa, tudo isso foi usado em seu próprio benefício.
Namastê.


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