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Precisei colocar a moderação nos comentários por causa de alguns spans que pintaram por aqui.
Você, que não é spam, faça o seu, fique a vontade.
Namastê.

fadas da noite

As previsões feitas nesse blog são gerais, falam do astral do período, não são direcionadas para o indivíduo. Para fazer previsões pessoais, você precisa consultar um(a) astrólogo(a) ou numerólogo(a) e usar seu mapa astral ou numerológico de nascimento. Não estou atendendo consultas. Faço o blog porque gosto.

sábado, 10 de outubro de 2009

As Éguas Devoradoras de Homens: Hércules em Áries

1 - As Éguas Devoradoras : Áries

Tarefa: adequar a mente e controlar o egoísmo, a crueldade, a crítica e a tagarelice.
Objetivo: desenvolver a mente e reaprender a pensar.
Chave para o trabalho: controlar os pensamentos.

Nas terras pantanosas um estranho ser, temido por todos, exerce grande poder.
É muito perigoso andar por ali pois esse ser estranho cria cavalos e éguas selvagens extremamente violentos.
Todos temem esses animais porque matam, destroem tudo o que vêem pela frente, até mesmo as pessoas.
Seus filhotes nascem cada vez mais fortes, selvagens, maléficos, e esse ser estranho e prepotente nada faz para canalizar a agressividade das éguas.

Hércules é encarregado de capturar as éguas e colocar um fim naquela situação.
Ele vai, com coragem e uma vaidosa certeza de se sair bem.

Hércules tem um amigo inseparável e conta com ele para ajudá-lo nesse trabalho.
O amigo fiel segue seus passos por onde ele vá e, juntos, elaboram um plano inteligente (pois as éguas, mesmo fortes, não têm a inteligência dos homens).
Dessa maneira eles conseguem encurralar as éguas e Hércules laça-as uma a uma.
Hércules festeja com entusiasmo o sucesso do trabalho.

Depois vem o momento de conduzi-las a um local onde se tornem inofensivas, libertando aquela cidade desse terrível problema.

Hércules acredita que sua tarefa esteja praticamente terminada.
Chama seu amigo ajudante e lhe encarrega de conduzir as éguas.
Com muito orgulho, se afasta dali.
O amigo atende prontamente, dando início à última fase do trabalho, considerada por Hércules como a mais simples..
O amigo, porém, não tem a mesma força de Hércules.
Ao contrário, é frágil e pouco ágil.
E está com medo, embora não queira demonstrar.
Quando tenta conduzir os animais eles se voltam contra ele, matando-o.
Depois, mais ferozes ainda, voltam à cidade de onde tinham sido tirados.
E o Trabalho volta ao começo.

Hércules aprende uma lição e torna-se um pouco mais sábio.

Mais humilde e um pouco desencorajado pela morte do amigo, recomeça a buscar as éguas, deixando para trás o cadáver do amigo no chão.
Ele consegue prendê-las e conduzi-las.
Fica, no entanto, o corpo do amigo sem vida, como uma testemunha de sua ação irrefletida.

O povo dá graças a Hércules e o trata como um salvador, enquanto o corpo do amigo ainda permanece ali, a vista de todos.

Hércules ouve a voz do Instrutor: “o trabalho, sim, foi feito, porém, mal feito.”

A Alma (Hércules) e a personalidade (Amigo) devem trabalhar unidas.

Caso contrário, alguns aspectos da mente (as éguas) não se concentrarão e continuarão destruindo e devastando o que é criado.
Hércules pode contar com o auxílio de sua parte mais consciente (o Instrutor) que sempre estava presente mas ainda invisível.

O pântano dominado pelo ser estranho e poderoso é a mente humana, que começa a desenvolver o pensamento e o raciocínio, após milênios de crueldade, crítica e egoísmo (as éguas devoradoras).

Aquelas terras (o nosso ser) podem se tornar férteis e felizes.

As éguas podem ser educadas e transformadas, por isso o Instrutor não pede a Hércules que as mate, mas que as leve para outro local.

O ser estranho e poderoso é o plano mental não desenvolvido.

Durante o trabalho passamos por uma fase de orgulho e desconcentração (quando Hércules prendeu as éguas, antes de leva-las).
Hércules ficou muito vaidoso e se considerou muito importante para fazer uma tarefa tão simples e corriqueira como conduzir as éguas.

Depois do que aconteceu, outras partes do seu ser precisam ser incluídas no processo.

Hércules aprende que sem colaboração as energias da Alma não realizam nada, voltando o Trabalho à estaca zero.

O Grande Ser que preside a tudo e é onisciente dirige-se ao Instrutor de Hércules e lhe diz que um fracasso, quando bem compreendido, garante o crescimento da consciência.
Diz para deixar Hércules prosseguir.

Áries rege a cabeça e seus pensamentos.
É o primeiro signo da roda zodiacal, o início da vida e dessa história.
Começa com entusiasmo, força, muita força.
Precisa ser agressivo para iniciar as coisas.
Sua agressividade é benéfica e necessária, quando bem canalizada.
Quando se deixa levar por ela, destrói e mata aquilo que criou e às vezes até mesmo aquilo que ama.
Nesses arroubos e impulsividade Áries vai aprendendo com as próprias experiências (não adianta muito lhe dar conselhos, ele tem que experimentar por si mesmo).

Então Áries, o signo do início de tudo,começa tudo novamente, amadurecido, geralmente pela sua própria dor.

Áries tem sentimentos e sente a perda, gostaria de poder voltar atrás, de não ter sido tão orgulhoso, nem de não ter pensado no amigo, mas isso já aconteceu e agora ele precisa continuar.

O que há de positivo nessa história com meio sucesso e meio fracasso?
Afinal, se tivesse sido mais prudente e pensado que seu amigo não era tão forte fisicamente quanto ele, seu amigo estaria vivo.

A boa disposição para fazer a tarefa, e a rapidez que ela foi feita são coisas muito positivas.

Até aquele momento os animais selvagens estavam apavorando todas as pessoas, talvez alguns tivessem tentado e morrido, e talvez as pessoas nem tentassem mais.

O sucesso é ter tentado, ter começado uma coisa nova, ter derrubado um grande obstáculo, ter domado a parte furiosa.

O amigo de Hércules não é forte fisicamente, mas é um apoio emocional, que acabou morto.

Atitudes muito agressivas fazem mal à nossa sensibilidade.
Mas sem agressividade não é possível fazer nada, não é possível começar nada, nem saímos da cama para trabalhar (ir trabalhar exige agressividade bem direcionada, afinal nosso corpo as vezes preferia ficar descansando ou fazer outras coisas).

Então apesar do fracasso (sentimentos feridos, talvez mortos) o primeiro aprendizado é domar nossa parte selvagem sem matá-la.

Essa parte é muito importante e precisa ser educada e conscientizada (Hércules ficou consciente disso pela dor, com a morte do amigo), não morta.

O meio sucesso é porque o amigo morreu, mas as éguas (mais furiosas) foram domadas, para depois serem educadas.

Por ter continuado, sua força beneficiou a cidade toda.

Levou uma bronca do Instrutor, mas mereceu ter outra chance por sua coragem, por sua capacidade de aprender com a própria experiência e por sua disposição de começar tudo novamente, ir em frente e enfrentar os problemas mesmo nas situações mais difíceis.


Áries representa o nosso início, a nossa inexperiência, mas também a nossa coragem e a nossa força.
Namastê.

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